Benefícios do exercício físico para a cognição
Você já deve estar cansado de saber sobre os benefícios da prática de exercícios físicos para o corpo, como a melhora do condicionamento muscular e cardiorrespiratório, o fortalecimento dos ossos e músculos, a redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose e alguns cânceres, entre outras doenças, o controle da pressão arterial, a melhora da qualidade do sono, o controle de peso e a manutenção da autonomia nas atividades diárias, entre outros.
Mas você sabia que os benefícios vão muito além do corpo?
Pessoas que praticam regularmente exercícios físicos apresentam também um melhor desempenho cognitivo, quando comparadas àquelas sedentárias.
Pesquisas apontam que, após uma sessão de exercício físico em intensidade moderada, são observadas melhoras no desempenho de diversas atividades cognitivas, como velocidade de processamento, atenção seletiva e memória de curto prazo.
E para entender um pouquinho melhor, a seguir listamos alguns mecanismos que podem promover tais benefícios para a nossa cognição:
1. Aumento do fluxo sanguíneo e da demanda energética
O cérebro, embora possua apenas 2% da massa corporal, pode ser responsável por até 20% do consumo energético total. Dessa forma, o fornecimento de oxigênio e nutrientes através do fluxo sanguíneo cerebral é determinante para suprir a demanda energética, ao passo em que o maior fluxo sanguíneo cerebral está relacionado ao melhor desempenho em tarefas cognitivas.
Nesse sentido, a prática de exercício físico eleva a demanda energética em áreas do córtex responsáveis pelo controle motor, como a área pré-motora, motora suplementar e sensoriomotora, e o aumento do fluxo de sangue representaria maior oferta de oxigênio e nutrientes, e, por conseguinte, maior aporte energético e melhor desempenho cognitivo.
2. Maior atividade de neurotransmissores
Estudos indicam que o exercício físico pode elevar a síntese de neurotransmissores sinápticos. A elevação da temperatura corporal induzida pelo exercício favorece a permeabilidade da barreira hematoencefálica, facilitando o ingresso de catecolaminas no sistema nervoso central. De fato, a sensação de bem-estar, experimentada após uma sessão de exercício físico, parece estar associada a maior atividade de neurotransmissores, como noradrenalina, β-endorfina e dopamina.
3. Adaptações em estruturas cerebrais
Pesquisas sugerem que indivíduos que praticam exercício físico apresentam um padrão diferenciado de ativação cerebral, quando comparados aos não praticantes. Áreas específicas do cérebro, como o lóbulo frontal, o córtex cingulado anterior, o lóbulo infra-temporal e o córtex parietal apresentam maior atividade em praticantes de exercício, sendo que cada uma dessas regiões está associada à uma tarefa cognitiva específica.
4. Plasticidade sináptica
Experimentos em animais demonstraram o desenvolvimento de novos capilares cerebrais, a neurogênese e o surgimento de novas conexões sinápticas após a prática de exercício físico regular. Essas alterações ocorrem por ações hormonais, já que a prática de exercício favorece a liberação de hormônios que promovem o crescimento neuronal, como Insuline Growth Factor I (IGF-I) e Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF), e reduz a liberação do cortisol, o hormônio do estresse, que tem um papel deletério no sistema nervoso central.
E então, você já tem motivos suficientes para começar ou continuar praticando regularmente um exercício físico?
Pode ser que você tenha um dia a dia corrido, cheio de trabalhos e afazeres, mas experimente introduzir um exercício na sua rotina! Você pode até melhorar o seu desempenho cognitivo, como concentração, memória e velocidade de processamento, entre outros, promovendo a sua produtividade!
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