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Quem controla o seu destino?

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Algumas pessoas creem que nascem com seus destinos predeterminados, de acordo com a posição dos astros, forças divinas ou como consequência de suas ações em existências passadas. Outras, acreditam que nascemos com livre-arbítrio e que são nossas ações e atitudes que determinam o nosso destino. E você, acredita que controla o seu destino, ou que é controlado por ele?

Lócus de Controle

Na Psicologia, existe um termo chamado “lócus de controle”, que pode nos ajudar a entender um pouco mais essa questão. Lócus de controle é a crença de um indivíduo sobre o controle dos comportamentos e eventos cotidianos que ocorrem consigo mesmo ou no ambiente em que estão inseridos, ou seja, significa a crença que uma pessoa possui de poder ou não controlar a sua vida.

O lócus de controle pode ser interno ou externo ao indivíduo. O lócus de controle interno refere-se à crença de que os acontecimentos de sua vida, sejam eles sucessos ou fracassos, devem-se aos seus próprios comportamentos e atitudes.

Já o lócus de controle externo refere-se à crença de que esses eventos são devido aos astros, a um deus, ao acaso, à sorte, ao destino, à outras pessoas ou outros fatores externos.

Segundo a teoria, o indivíduo apresenta uma maior propensão para um lócus, seja ele interno ou externo, e essas forças podem variar de acordo com as dimensões de sua vida, como profissionais, pessoais ou sociais. Por exemplo, eu posso acreditar que meu sucesso profissional dependerá do meu esforço e dedicação (lócus de controle interno), e que o meu parceiro amoroso foi escolhido e predeterminado por alguma entidade divina (lócus de controle externo).

Existe um lócus de controle certo ou errado?

Nosso objetivo aqui não é discutir qual é o lócus certo ou errado, mas abordar algumas evidências científicas que mostrem as vantagens e desvantagens de cada um.

Um estudo mostrou que pessoas que apresentavam um lócus de controle interno se percebiam mais responsáveis por seu próprio sucesso, sendo mais motivadas e determinadas por acreditarem que seus destinos dependiam de si mesmas.

Em contrapartida, aquelas com lócus de controle externo acreditavam que o ambiente tinha maior influência, e sentiam que pouco ou nada poderia ser feito sobre suas vidas. Para elas, suas ações e habilidades pessoais não interferiam em seus êxitos, e acabavam não se esforçando muito para melhorar ou tentar mudar suas habilidades.

E os benefícios foram além, para dimensões fisiológicas, psicológicas e comportamentais.

As pessoas com lócus de controle interno tendiam a ser física e mentalmente mais fortes e saudáveis, apresentando menor pressão arterial, menores índices de infarto, ansiedade e depressão, eram mais hábeis em lidar com situações de estresse e apresentavam maior autoestima e resiliência.

Já aquelas com lócus de controle externo apresentavam menores níveis de satisfação profissional, maior descontentamento com a vida afetiva e tinham maior tendência a se matricularem em programas de emagrecimento ou fortalecimento radicais, pois como o lócus era externo, acreditavam primeiramente em uma transformação externa.

Quem está no controle da sua vida? 

A música “Deixa a vida me levar”, do Zeca Pagodinho, pode ser divertida para um sábado à tarde, para cantar e dançar com os amigos. Mas seria uma boa filosofia de vida? “Deixa a vida me levar, vida leva eu” seria um bom caminho para realização de tantos sonhos e desejos que temos dentro de nós?

Assim, para uma vida feliz e realizada, o ideal é assumir a responsabilidade por ela, adotando uma postura mais ativa ao invés de passiva. Ao fazer isso, nos colocamos no controle sobre nossas vidas, adotando ações e atitudes que possam construir um destino promissor, de muito sucesso e aprendizados.

Portanto, se você deseja que sua vida seja melhor, comece percebendo que você é o grande responsável por ela, e pelo tipo de vida que leva. 

Referências:

ABREU, C. N. Psicologia do Cotidiano: como vivemos, pensamos e nos relacionamos hoje. Porto Alegre: Artmed, 2016.ALBUQUERQUE, F. J. B.; VERA NORIEGA, J. A.; MARTINS, C. R.; NEVES, M. T. S. Locus de controle e bem-estar subjetivo em estudantes universitários da Paraíba. Psicol. Am. Lat., n. 13, p. 0-0, 2008.

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