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Sono e menopausa: saiba o que muda nessa fase!

Sono e menopausa

Com o avanço da idade, avançam também as preocupações e cuidados com a saúde. No caso das mulheres, há ainda os múltiplos impactos hormonais da menopausa. Um dos impactos é no sono e o artigo de hoje é sobre isto!

O que a menopausa faz no organismo?

A menopausa é o nome dado ao último ciclo menstrual da mulher, marcando um período de declínio natural dos hormônios reprodutivos. A OMS considera que uma mulher se encontra na menopausa após a ausência consecutiva da menstruação por 12 meses, o que normalmente ocorre entre os 45 e 55 anos. Nos países industrializados, em média, isto é vivido pelas mulheres de 50-52 anos, e um ou dois anos a menos em países em desenvolvimento.

Um estudo observacional feito em São Paulo, com 5.968 mulheres, concluiu que a idade média da menopausa para as mulheres brasileiras é de 48,1 anos. Esta pesquisa durou 11 anos (entre 1983 e 2004) e concluiu que, com o passar do tempo, a insônia foi um dos sintomas que não tendeu a melhorar. Em contraste com sintomas vasomotores (as ondas de calor), que apareceram mais intensos nos primeiros 5 anos entre as mulheres observadas.

Alguns sintomas são comuns entre as mulheres que passam por esta fase, como: ondas de calor, suores noturnos, problemas de sono, ansiedade, alterações de humor, entre outros. A baixa nos níveis de estrogênio é uma das principais causas dos sintomas sentidos durante a menopausa. Algumas mulheres recebem prescrição para a terapia de reposição hormonal (TRH), para elevar os níveis de estrogênio e aliviar os sintomas.

Nem todas as mulheres passam por estes sintomas e eles podem variar em intensidade e duração.

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Como isso afeta o sono?

Segundo um artigo publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine, da Academia Americana de Medicina do Sono, três distúrbios do sono estão associados à menopausa: (1) insônia/depressão, (2) distúrbios respiratórios do sono e (3) fibromialgia.

O autor diz que “o principal preditor de uma arquitetura perturbada do sono é a presença de sintomas vasomotores”. Mulheres que têm estes sintomas têm menor eficiência do sono e apresentam mais queixas sobre má qualidade do sono. Este mesmo grupo corre mais risco de insônia e depressão.

1.    Insônia/Depressão

A teoria que tem o maior suporte científico, segundo o artigo, é conhecida como “teoria dominó”, devido aos sintomas causarem outros problemas. Por exemplo, distúrbios do sono podem levar à insônia, que por sua vez, pode causar depressão e aumento de peso, que por sua vez pode gerar distúrbios respiratórios, embora a causalidade em relação a este último ainda não esteja clara para os pesquisadores.

2.    Distúrbios Respiratórios

Quanto aos distúrbios respiratórios, o estudo mostra que o estrogênio parece ter um papel protetor contra estes males. Embora as causas ainda não estejam claras, todas as evidências apontam nesta direção. Logo, na menopausa, com a baixa na produção de estrogênio há aumento na probabilidade de problemas respiratórios.

Outro estudo, realizado na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com 407 mulheres, confirma esta relação entre a menopausa e distúrbios respiratórios. Segundo o autor, “os achados deste estudo revelaram que as mulheres na pós-menopausa foram mais susceptíveis ao diagnóstico da síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS), comparadas àquelas no estágio de pré-menopausa. As mudanças hormonais fisiológicas do envelhecimento mediadas pela falência ovariana podem influenciar parâmetros respiratórios durante o sono, bem como estarem associadas com SAOS e sua gravidade em mulheres”.

3.    Fibromialgia

Em relação à fibromialgia, as queixas de sono são quase universais. Há uma relação direta entre sono e dor, de modo que o médico do sono deve integrar a equipe multidisciplinar em um tratamento destes sintomas.

O que fazer caso apresente estes sintomas?

Dada a variabilidade de idade em que a menopausa se inicia e, também, a variabilidade dos sintomas e suas respectivas intensidades e durações, o melhor a se fazer, caso você identifique sinais de que a menopausa está afetando seu sono, é procurar um profissional de saúde que possa te orientar.

Apenas o médico, após uma análise detalhada dos sintomas, poderá fazer recomendações apropriadas de tratamento para que você consiga dormir melhor.

A menopausa marca o início de uma nova fase na vida da mulher. Com isso, alguns cuidados específicos se fazem necessários. Um destes cuidados é com a qualidade do sono. Além da ajuda médica, você pode contar com a UKOR para te ajudar a dormir melhor. Nosso blog está repleto de informações e você também pode conferir nossos podcasts e conteúdos nas redes sociais.

Referências Bibliográficas

1: Trench, Belkis e Santos, Claudete Gomes dos. Menopausa ou Menopausas?. Saúde e Sociedade [online]. 2005, v. 14, n. 1 [Acessado 30 Novembro 2021] , pp. 91-100. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-12902005000100010>. Epub 01 Abr 2008. ISSN 1984-0470. https://doi.org/10.1590/S0104-12902005000100010.

2: Angela Maggio Da Fonseca, Vicente Renato Bagnoli, Marilene Alícia Souza, Raymundo Soares Azevedo, Euro De Barros Couto Júnior, José Maria Soares Júnior & Edmund Chada Baracat (2013) Impact of age and body mass on the intensity of menopausal symptoms in 5968 Brazilian women, Gynecological Endocrinology, 29:2, 116-118, DOI: 10.3109/09513590.2012.730570

3: Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/05/21/o-que-acontece-com-o-corpo-da-mulher-quando-entra-na-menopausa.ghtml

4: Menopause Related Sleep Disorders Philip S. Eichling, M.D., M.P.H.1, 2; Jyotsna Sahni, M.D.2 Clinical Associate Professor of Medicine, University of Arizona College of Medicine, Sleep Disorders Center, Tucson, AZ; 2Canyon Ranch Medical Department, Tucson, AZ – Journal of Clinical Sleep Medicine, Vol. 1, No. 3, 2005

5: Polesel, Daniel Ninello. Identificação dos principais fatores associados à síndrome da apneia obstrutiva do sono em mulheres. Tese (doutorado). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Escola Paulista de Medicina (ESPM). Programa de Pós-graduação em Psicobiologia. São Paulo, 2015.

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