Como saber se a Ansiedade é boa ou ruim?

A ansiedade, juntamente com a depressão, já é considerada pelos cientistas o mal do século. Ela atinge grande parte da população e gera diversos sintomas que afetam diariamente a vida de quem sofre com ela.

Porém, nem todo sintoma de ansiedade indica que você tenha um transtorno propriamente dito. É importante conhecer e saber identificar os sintomas da ansiedade adaptativa e da ansiedade excessiva.

Existe uma ansiedade “boa”?

A ansiedade é uma reação emocional, que pode ser motivadora, e aparece quando estamos em situações conflitantes. Neste caso, ela é benéfica e pode fazer com que você se prepare mais para uma prova ou uma entrevista de emprego, por exemplo. A ansiedade, quando benéfica, é passageira e chamada de adaptativa.

Uma pitada de ansiedade, além de gerar energia para enfrentar a situação e trazer um estado de alerta, também pode ser um sinal do nível de responsabilidade e comprometimento perante aquela situação que você vai enfrentar. Portanto, nesses casos ela é bem-vinda e até necessária.

Como diferenciar a ansiedade adaptativa de um transtorno de ansiedade?

Quando a ansiedade aparece com muita frequência e em altos níveis pode gerar medo e sofrimento e, assim, poderá ser prejudicial à saúde física e mental do indivíduo. O transtorno de ansiedade é caracterizado por sintomas contínuos e é identificado quando a ansiedade é anormalmente elevada ou desproporcional à possível causa. Neste caso, a ansiedade permanece mesmo após a situação que causou medo e insegurança.

Quais os sintomas de ansiedade?

A ansiedade é um estado emocional composto por 3 aspectos: fisiológico, cognitivo e comportamental, que podem se apresentar das seguintes formas:

• Sintomas físicos: dores, tremores, contraturas, tensão, calafrios, adormecimento, falta de ar e taquicardia;
• Sintomas cognitivos: nervosismo, apreensão, insegurança, dificuldade de concentração, sensação de estranheza, preocupação e antecipação catastrófica;
• Sintomas comportamentais: fugir ou se esquivar de situações geradoras de ansiedade, hipervigilância, insônia e estado de congelamento.

Veja alguns dos sintomas mais comuns dos transtornos de ansiedade e aprenda a identificá-los:

1 – Preocupações constantes e pensamentos catastróficos

Você percebe que está sempre tenso, em alerta e com os pensamentos negativos e, por vezes, catastróficos. Qualquer estímulo, por menor que seja do seu dia a dia, desencadeia várias percepções desproporcionais e sua reação é sempre exagerada. Constantemente você ouve que não relaxa.

2 – Taquicardia, respiração ofegante e sensação de morte

Seu coração dispara repentinamente, sua respiração vive acelerada e a sensação de medo é constante. Durante esses momentos você tem a sensação de que pode morrer, está sempre suando frio e com tremores no corpo, além de alterações de pressão.

3 – Insônia começa a se tornar rotina

Seu sono está cada dia pior: você simplesmente não consegue dormir, pois seu cérebro não desliga e os pensamentos não param. Quando dorme, acorda diversas vezes durante a noite e por vezes em pânico. No dia seguinte acorda mais cansado do que foi dormir.

4 – Dificuldade de concentração e irritabilidade

Está sempre irritado e não consegue mais se concentrar em atividades rotineiras. Isso fica pior assim que começa a ter privação de sono. A diferença entre a ansiedade boa da ansiedade ruim, além da frequência e intensidade é o grau de limitação e sofrimento que ela provoca.

Um estado ansioso se torna patológico quando o indivíduo começa a sentir seus sintomas mesmo sem ter um estímulo que possa ter iniciado essa reação. Além do mais, as crises se tornam frequentes e passam a acometer a qualidade de vida e atrapalhar a rotina, em todos os aspectos: profissional, pessoal e social.

Ao sentir que a sua ansiedade não está mais em um nível controlado e aceitável, procure um profissional qualificado – médico psiquiatra ou psicólogo – e peça orientação. Quanto antes controlada, menor o impacto na sua saúde.

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