Você deve estar sendo bombardeado sobre o coronavírus, nos noticiários, nas redes sociais e principalmente nas mensagens de grupos do WhatsApp. E como você está se sentindo em relação a isso? Tem sentido medo, preocupação, tensão? Talvez um pouco de ansiedade? Ok, saiba que você não está sozinho! Mas é importante refletirmos sobre a real ameaça existente e o modo como temos sentido e encarado isso.
Posso sentir medo?
O medo é uma resposta emocional quando estamos diante de uma situação de perigo. Essa emoção é adaptativa e funcional em diversos contextos, já que diante de uma ameaça, o medo nos prepara para a ação, para lutar ou fugir do perigo. Ou seja, o medo é uma resposta que promove comportamentos de proteção e garante a sobrevivência das espécies.
Nesse contexto, podemos refletir sobre o medo diante do Covid-19. O coronavírus é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-cov-2, e altamente transmissível, sendo que uma pessoa infectada pode transmitir para 2,2 a 4 pessoas. Para se ter uma comparação, a taxa de contágio da gripe comum é de 1,2 pessoas, o que indica que o coronavírus é duas vezes mais transmissível. Em contrapartida, a taxa de mortalidade é de 3,4%, relativamente baixa, mas preocupante quando levamos em consideração grupos de risco, como os idosos, no qual a taxa sobe para 15%. Em meio à essa ameaça atual, o medo nos faz agir e adotar comportamentos protetivos, para evitar a infecção desse vírus.
No entanto, em meio aos dados concretos e recomendações de instituições de saúde de renome, encontramos muita desinformação, fake news e até mesmo um excesso de informações (“infodemia”), que tem causado pânico entre a população mundial. Diferentemente do medo, que nos prepara para a ação e nos protege, o pânico gera dúvidas, medos irracionais e respostas desproporcionais e aleatórias. Assim, as pessoas têm vivido 24 horas em estado de alerta, gerando um medo desproporcional do futuro e sofrendo muitas vezes por antecipação. É comum, então, vermos pessoas extremamente ansiosas e tensas por questões que são irreais ou que não podem controlar.
Mas como devemos agir diante tudo isso?
Claro que a pandemia do coronavírus é uma situação preocupante e que exige cuidado e atenção. Abaixo seguem algumas dicas de como agir:
1.Busque fontes seguras de informação!
Todos nós devemos fazer nossa parte para impedir a propagação do vírus, e devemos fazer isso da melhor maneira, seguindo as orientações de fontes seguras e confiáveis, como da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
2.Diferencie o que está sob o seu controle e o que não está
O pânico e a ansiedade surgem quando queremos controlar aquilo que não podemos. Assim, para evitar que isso aconteça, identifique, no seu dia a dia, o que você pode controlar e o que não pode em relação ao coronavírus. Por exemplo, se você pode ficar em casa trabalhando, evitando aglomerações e cuidando da sua saúde, ótimo! Mas ficar em casa assistindo os noticiários 24 horas por dia, entrando em pânico e surtando com o avanço da doença não irá ajudar muito.
3.Faça a sua parte!
Diante as coisas que você pode controlar, estão as suas ações e comportamentos protetivos, garantidos pelas fontes de informações seguras. Assim, siga as instruções e cuide de você! Lave e higienize as mãos, evite levar a mão à boca ou nariz e se abstenha de aglomerações! Informe e instrua os outros que estão ao seu lado, isso também faz parte!
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