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Entenda a relação entre dor e má qualidade do sono

Dor e sono

Quem nunca teve uma noite de sono mal dormida por causa de alguma dor no corpo? Isso acontece porque existe uma relação bidirecional entre o sono e a dor, isto é, se dormimos mal sentimos mais dores, e se sentimos dores dormimos mal. A boa notícia é que o inverso também é verdadeiro: dormir mais e melhor pode aliviar dores. Vamos entender melhor?

Entretidos e doloridos

Um estudo feito em Harvardobservou os efeitos da privação de sono em relação à dor em ratos de laboratório. O curioso é que, ao contrário da maioria dos estudos com ratos, que provoca a privação de sono os colocando para caminhar em rodas ou passar de uma plataforma a outra – atividades estressantes –, neste estudo os ratos foram mantidos despertos através de entretenimento, para se assemelhar ao que acontece com seres humanos.

Quando os ratos começavam a sentir sonolência, os pesquisadores forneciam brinquedos ou atividades nas quais cada rato demonstrava interesse previamente. Bolas de algodão, materiais para roer ou materiais nos quais podiam se aninhar. Isto gerava uma excitação nos ratos que os mantinha acordados, mas não estressados.

O resultado foi que, após cinco dias de privação de sono, os ratos demonstraram um aumento exagerado na sensibilidade à dor. A sugestão do Dr. Alban Latremoliere e da Dra. Chloe Alexandre, responsável pelo estudo, é que o mesmo acontece com humanos que trocam o sono por entretenimento, como TV ou aparelhos celulares. Ao longo de alguns dias, há um aumento da sensibilidade à dor.

Dormir ou tomar um remédio para dor?

Ainda neste mesmo estudo, os pesquisadores procuraram observar os efeitos de analgésicos comparados aos efeitos da cafeína e outros estimulantes no alívio da dor.

Para os ratos com privação de sono, tanto ibuprofeno, quanto morfina, não produziram melhoras significativas na diminuição da sensibilidade. A sugestão que fizeram para os humanos foi de que, há uma chance de pacientes necessitarem de um aumento de dose de analgésicos como tentativa de compensar as noites mal dormidas, sendo assim, não dormir bem pode aumentar as chances de uso exagerado de analgésicos, consequentemente aumentando o risco de efeitos colaterais.

Já a cafeína e o modafinil (substância com efeitos estimulantes utilizada no tratamento para narcolepsia, por exemplo) demonstraram efeitos importantes na diminuição da dor.

A hipótese dos pesquisadores é de que, para pessoas com dores crônicas e privação de sono, o tratamento para diminuir a sensibilidade à dor pode ser mais eficaz através de substâncias que aumentem o estado de alerta durante o dia, para que haja uma melhora no sono à noite, do que um tratamento à base de analgésicos.

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É importante ressaltar que, para ratos que não estavam em privação de sono provocada, a cafeína e o modafinil não mostraram nenhum efeito de diminuição da dor. Isto significa que a pesquisa e as hipóteses à qual ela conduz se limitam a possibilidades de tratamento de dores crônicas em pacientes com distúrbios de sono. Sem privação de sono, os efeitos estimulantes são nulos. Talvez seja por isso que alguns analgésicos incluíram cafeína em sua fórmula nos últimos anos.

Outra hipótese levantada, talvez mais óbvia, é que uma mudança de hábitos em relação à higiene do sono, deve ser entendida como parte fundamental do tratamento da dor. Então, antes de recorrer a medicamentos sem prescrição médica, é melhor dar mais atenção à quantidade e qualidade do sono. Isto pode diminuir significativamente a sensibilidade à dor. Aqui no blog da UKOR tem um artigo com 10 hábitos essenciais para a higiene do sono, é só clicar aqui.

Além deste estudo de Harvard, muitos outros investigam a relação entre sono e dor. Apenas para citar outras descobertas importantes, um estudo descobriu que pessoas que dormiam menos de 6 horas por noite relataram mais queixas dolorosas no dia seguinte, e pessoas que dormiam por 3 horas ou menos relataram um aumento de 81% na frequência da dor. Um último exemplo, em outro estudo, cerca de 50% dos pacientes com dor crônica relataram ter problemas com o sono relacionados à intensidade da dor. Tudo isso demonstra o que dissemos lá no início: há uma relação bilateral entre sono e dor.

Portanto, se você experimenta algum tipo de dor, dormir bem pode ser a saída! Para isso, conte com a UKOR.

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REFERÊNCIAS

1: Disponível em https://hms.harvard.edu/news/more-sleep-less-pain

2: Edwards RR, Almeida DM, Klick B, Haythornthwaite JA, Smith MT. Duration of sleep contributes to next-day pain report in the general population. Pain. 2008 Jul;137(1):202-207. doi: 10.1016/j.pain.2008.01.025. Epub 2008 Apr 22. PMID: 18434020; PMCID: PMC2527580.

3: Smith MT, Haythornthwaite JA. How do sleep disturbance and chronic pain inter-relate? Insights from the longitudinal and cognitive-behavioral clinical trials literature. Sleep Med Rev. 2004 Apr;8(2):119-32. doi: 10.1016/S1087-0792(03)00044-3. PMID: 15033151.

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