São registrados 14 mil suicídios todos os anos no Brasil.
Entre as causas de suicídio, cerca de 96,8% desses casos estavam relacionados a transtornos mentais, sendo a depressão a principal problema mental que desencadeia o suicídio.
Desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) organiza o Setembro Amarelo que tem foco na conscientização para olharmos para a saúde mental.
Em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. O suicídio é um problema de saúde pública e mundial. Como já sabemos que mais de 90% dos casos de suicídio tem relação com a saúde mental, a população tendo acesso a cuidar da mente, podemos diminuir as taxas de suicídio.
Qual a relação do sono com a depressão
Alguns transtornos mentais podem causar distúrbios do sono, como a má qualidade do sono também pode agravar os sintomas de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e TDAH.
A insônia e outros distúrbios do sono podem ser sintomas do transtorno depressivo, e mais recentemente, estudos têm notado que a privação de sono também pode ser um fator de risco para desenvolver depressão.
Pessoas com insônia têm um risco duas vezes maior de desenvolver depressão em relação àquelas que não têm problemas para dormir. Isso levanta a importante questão de que o tratamento da insônia pode ser uma medida preventiva e interventiva no caso do tratamento da depressão.
O que devemos compreender é que a depressão é um transtorno mental causado por múltiplos fatores, sejam eles individuais, genéticos, ambientais, nutricionais e/ou bioquímicos, entre outros, e não apenas por acontecimentos do nosso cotidiano.
Assim, nos últimos tempos, observou-se progressos sobre a compreensão multifatorial da depressão, e pesquisadores têm buscado identificar mecanismos e biomarcadores associados a esse transtorno.
Entre os mecanismos que ganharam maior atenção estão os imunológicos, que promovem a resposta natural do corpo para se proteger contra lesões, infecções, inflamações e estresse.
Nesse sentido, sabe-se que o cérebro regula processos imunológicos através da modulação de neurotransmissores, hormônios e citocinas, e descobriu-se uma relação entre processos inflamatórios e a depressão.
Isso significa que os processos inflamatórios no nosso corpo podem estar relacionados à depressão.
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6 sinais do comportamento do suicida
O comportamento da pessoa que pensa o suicídio pode ser, na maioria das vezes, sutil. Para ajudar precisamos praticar a escuta e observação ativa. Realmente perguntar como o outro está se sentir e escutá-lo, sem julgamentos.
Abaixo colocamos 6 sinais que pode ser feito por quem está com pensamento suicida.
- Tristeza excessiva;
- Distúrbio do sono
- Falta de vontade para estar com outras pessoas;
- Tratar de vários assuntos pendentes ou fazer um testamento;
- Fazer ameaças de suicídio frequentes;
- Uso excessivo de drogas e álcool;
- Apresentar sintomas da depressão;
- Estocar ou comprar uma quantidade enorme de comprimidos;
- Mudança nos hábitos de sono e alimentação;
- Ter tentado tirar a própria vida anteriormente;
- Mudanças comportamentais;
- Choro frequentemente.
Como prevenir o suicídio?
A prevenção ao suicídio requer várias medidas que podem colaborar para a diminuição da taxa de suicídio no mundo.
Se você tem um colega com pensamentos/comportamentos suicidas ofereça ajuda, sendo um ponto de apoio. Escute suas dores sem julgamentos e o faça visitar um psicólogo.
Identificar os sinais pode evitar que uma pessoa cometa suicídio.
Se você apresenta pensamentos suicidas, lembre-se que você não está sozinha e que pode dividir com outras pessoas as suas dores. Ligue para o telefone 141 – Centro de Valorização da Vida.
Referências:
International Association for Suicide Prevention – IASP