Basta a pessoa exagerar um pouco na alimentação para achar que teve uma compulsão. Seria isso?
Compulsão alimentar é o ato de comer uma quantidade exagerada de comida, que uma pessoa parecida com você, não comeria em uma situação semelhante. Para entender melhor, veja o exemplo abaixo.
Uma pessoa chega faminta para jantar e come 3 sanduíches com 2 copos de suco e uma sobremesa. Nesse caso, ela pode até ter exagerado, se sentir estufada e ter algum mal-estar depois, mas isso não caracteriza necessariamente uma compulsão. Não chega a ser incomum uma pessoa faminta comer 3 sanduíches. Agora, uma pessoa comer 1 pote de 500g de doce de leite com 2 pacotes grandes de biscoito de polvilho, mais 1 litro de suco ou refrigerante em poucos minutos, isso sim pode ser considerado uma compulsão.
Na noite de Natal ou numa festinha infantil é normal exagerarmos. A oferta de comida é grande, e muitas vezes de alimentos que só comemos nesses momentos. Mas normalmente não passa de um exagero – não uma compulsão. Por isso, além da quantidade de comida consumida é muito importante entender o contexto daquela refeição.
É importante entender que a compulsão alimentar é uma reação do corpo a alguma privação, seja esta intencional ou não. Pode ser resultante de horas sem se alimentar ou um consumo alimentar muito aquém das necessidades do organismo. Então, se você acredita que tem episódios compulsivos, vale analisar sua alimentação e ver como pode melhorá-la. A compulsão alimentar é seu corpo avisando que algo está muito fora do normal e precisa ser cuidado. Na dúvida, procure ajuda profissional, preferencialmente de um nutricionista com especialização em transtornos alimentares ou comportamento alimentar.