Nos dias de hoje, cada vez mais vemos palestras “motivadoras”, que defendem a ideia de que para se obter um sucesso invejável, é preciso ser adepto do excesso de trabalho, a alta produtividade — sendo quase um workaholic (viciado em trabalho).
Mesmo para os workaholics, esse tipo de rotina pode ser muito prejudicial e causar grandes impactos negativos para a vida profissional. E também para a saúde física e mental, é claro.
Como o excesso de trabalho pode afetar minha produtividade?
Bom, para explicar qual a relação do trabalho excessivo com a diminuição de produtividade, precisamos citar um pouco de neurologia.
Pense no nosso cérebro como um potente processador. Assim como as máquinas, ele também consome muita energia e precisa de períodos de descanso — e de um sono de qualidade.
Além disso, seu bom funcionamento depende também da produção de hormônios como a serotonina e dopamina, que são liberados a partir de estímulos prazerosos.
Quando se perde grande parte do seu tempo com o excesso de trabalho, esse grande processador fica desgastado, consome toda a energia e gasta os hormônios “positivos”.
E, quanto mais cansado se estiver mentalmente, mais lento ficará o trabalho e maiores serão as chances de erros e falhas no processo. Logo: excesso de trabalho + desgaste mental = menos produtividade e qualidade nas atividades que precisam ser exercidas.
E como trabalhar excessivamente afeta nossa saúde?
Para se ter uma vida mais saudável, é preciso permitir tempo para o auto-cuidado e atenção para si mesmo. O excesso de trabalho começa a abrir caminho para perigosos hábitos que afetam negativamente nossa saúde. Podemos citar, como exemplo, os mais comuns:
- Longos períodos sem se alimentar. E, quando existe a refeição, os alimentos têm alta taxa de calorias e poucos nutrientes, como fast-food, por exemplo;
- Aumento do consumo de bebidas com alto índice de açúcar e outras substâncias perigosas: café, energéticos e outros;
- Diminuição do tempo de sono, ou má qualidade de descanso, decorrente a insônia e dificuldades para dormir;
- Adoção de hábitos sedentários e com poucas práticas de exercícios físicos.
Esses exemplos que citamos são apenas alguns dos que mais podem ser observados em pessoas que trabalham mais horas do que deveriam.
E os efeitos negativos para a saúde não demoram a surgir: aumento do cortisol, responsável pelo estresse, insônias mais frequentes, problemas com metabolismo, desenvolvimento de transtornos mentais — como a depressão e ansiedade —, e muitos outros graves problemas que podem afetar diretamente a saúde.
A longo prazo, os problemas causados ao corpo e a mente se tornam mais agravantes e mais difíceis de serem revertidos. A pergunta que fica é: vale a pena comprometer a saúde?
Então, qual a melhor receita para o profissional não afetar a produtividade?
Organização, planejamento e equilíbrio são os maiores aliados para quem deseja ter sucesso no trabalho, porém, sem afetar a produtividade ou a saúde.
Em vez de ficar preso no excesso de trabalho, desprendendo longas horas em infindáveis atividades, comece a organizar sua rotina.
Coloque prioridades, estabeleça um cronograma para sua realização, planeje a execução de cada tarefa e estabeleça um limite de horas para o seu dia.
Outro método que vem ganhando muito espaço e já foi comprovado pela ciência, é adotar as pausas produtivas durante o expediente.
Essas pequenas pausas ajudam a relaxar e permitem ao cérebro um breve descanso de determinada atividade. Logo, é possível ser mais produtivo e criativo nas suas tarefas.
E o mais importante: não negligencie sua vida pessoal!
É importante separar suas horas vagas para atividades que lhe trazem prazer e proporcionem momentos de descontração e relaxamento. A quantidade de horas e qualidade do sono também são essenciais para quem deseja ser mais produtivo no trabalho. Então, tenha mais atenção, combinado?
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