Por muito tempo, entendia-se que o ser humano deveria controlar todos os seus estados internos, evitando ao máximo as experiências negativas. Com o passar dos anos, notou-se que a tentativa de controle ou evitação de pensamentos e sentimentos negativos era, na verdade, a principal causa do sofrimento humano.
Frases como “você não pode ficar triste”, “não chora” ou “você não precisa ficar assim” não ajudavam a resolver os problemas e, inclusive, pioravam a situação. E foi nesse contexto que surgiu a Terapia da Aceitação e Compromisso (ACT), mostrando uma nova forma de compreender e lidar com essas experiências.
O que é a Terapia da Aceitação e Compromisso?
A ACT é uma abordagem terapêutica que tem como conceito principal a flexibilidade psicológica, que significa a capacidade de entrar em contato com o momento presente e com as experiências internas, sejam elas positivas ou negativas, e modificar ou persistir na busca de objetivos e valores pessoais. Assim, o objetivo central da ACT é aumentar a flexibilidade psicológica e, para atingi-la, podemos desenvolver o uso de seis processos psicológicos de mudança:
- Aceitação: ação de abraçar efetivamente as experiências internas enquanto elas estão ocorrendo, sejam elas positivas ou negativas. É uma escolha que envolve uma postura acolhedora e gentil para com a experiência que está sendo vivenciada, diminuindo o esforço feito para controlá-la;
- Desfusão cognitiva: redução do significado literal de experiências internas de modo que os pensamentos são experimentados apenas como pensamentos, os sentimentos apenas como sentimentos, e as sensações corporais como sensações corporais. É o oposto da fusão cognitiva, quando as experiências internas são tomadas como verdades absolutas e têm amplo poder sobre as ações da pessoa;
- Contato com o momento presente: atenção plena para experiências internas e externas do momento presente, de forma receptiva e sem julgamento. Isso ajuda a experimentar o mundo como ele realmente é, e diminui a tendência de viver experiências do passado, que podem gerar angústia, ou do futuro, gerando ansiedade. O importante, nesse caso, é perceber quando não se está no momento presente e, de forma gentil, trazer a atenção para o presente e para o que realmente importa;
- Eu como contexto: é o que acreditamos de fato. O “eu” é o lugar de perspectiva que permite que eventos internos e externos sejam experimentados a partir do processo do eu, no aqui e agora;
- Valores: são elementos da vida sobre os quais nos preocupamos e que nos incentivam ao engajamento de certas atividades. Embora existam alguns valores comuns que a maioria das pessoas compartilha, os valores são manifestados de forma individual e, cada um pode ter o seu. Esclarecer quais são os seus valores têm o propósito de tornar mais provável que você enfrente situações que originalmente seriam evitadas.
- Ação comprometida: redirecionamento do comportamento, de modo a construir padrões comportamentais que estejam de acordo com os seus valores. Envolve a definição de objetivos pessoais e a ação sobre essas metas.
Logo, podemos perceber que a ACT tem quebrado vários paradigmas, e trazido uma forma mais leve e gentil de viver, aceitando e enfrentando tanto as experiências positivas quanto negativas. Em suma, defende que não devemos fugir ou nos esquivar de nossos medos ou experiências negativas, mas que podemos aprender a lidar e “fazer as pazes” com eles, afinal, para alcançar nossas maiores conquistas, tivemos que encarar a situação e enfrentar diversas experiências internas negativas.
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Referência:
MONTEIRO, E. P.; FERREIRA, G. C. L.; SILVEIRA, P. S.; RONZANI, T. M. Terapia de aceitação e compromisso (ACT) e estigma: revisão narrativa. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, n. 11, v. 1, p. 25-31, 2015.