Geralmente, quando falamos em criatividade, pensamos em atos e descobertas grandes e inovadoras, como escrever um livro, criar uma música ou descobrir a cura de uma doença. Mas você sabia que diariamente temos ideias criativas, que não necessariamente são artísticas ou revolucionam o mundo?
Nossa rotina apresenta questões e demandas que requerem ideias alternativas e criativas, e assim, todos nós precisamos ter uma dose de criatividade para lidar com elas.
O que é criatividade?
Criatividade possui inúmeras definições. Segundo o dicionário Michaelis, criatividade é a “qualidade ou estado de ser criativo; capacidade de criar ou inventar”. Mas algumas definições vão além, afirmando que não basta criar “qualquer coisa” para ser criativo. Estudiosos defendem que “criatividade requer novidade e utilidade”, isso significa que a criatividade envolve uma ideia nova, suficientemente original e distinguível do que já existe, e útil, quando soluciona algum problema ou satisfaz necessidades específicas, podendo ser científicas ou estéticas.
Mas será que essa habilidade é inata ou aprendida?
A resposta à essa pergunta foi mudando ao longo da história. Em um primeiro momento, da Pré-História à Idade Média, a criatividade era uma habilidade sobrenatural e mística, advinda dos deuses, e na qual o indivíduo possuía um papel passivo. No segundo momento, a partir do Renascimento, a criatividade seria produto de uma genialidade individual e imutável, ou seja, que essa habilidade era inata e pouco ou nada poderia ser feito se você não nascesse um gênio – geralmente do sexo masculino nascido em um berço tradicional e rico. Já no terceiro momento, no qual nos encontramos, temos a concepção de que a criatividade é um processo natural, que ao contrário dos momentos anteriores, a criatividade passa a ser vista como uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo da vida, ou seja, que os indivíduos podem aprender a agir de forma criativa.
Se a criatividade pode ser aprendida, como desenvolvê-la?
A criatividade está associada à vários fatores, como características psicológicas, ambientais, culturais e sociais. Mas podemos realizar algumas atividades no nosso dia a dia para estimular o potencial criativo, como:
1.Medite!
Os benefícios da meditação vão muito além do relaxamento e concentração. Segundo pesquisas, algumas meditações específicas podem também promover a criação de novas ideias.
2.Leia sobre tudo!
Através da leitura, podemos “vivenciar” novas realidades e ampliar nossos horizontes. É comum que as pessoas tenham preferências por alguns assuntos, mas já pensou em comprar um livro diferente? De educação financeira? História? Romance?
3.Realize Brainstorms!
Diante de um problema ou questão, realize um Brainstorm, isso é, proponha o máximo de ideias para gerar soluções inovadoras, sugerindo qualquer pensamento que vier à mente. Nessa prática, tente gerar várias ideias sem qualquer avaliação ou julgamento de “certo x errado”, apenas crie!
4.Pratique exercício físico!
Estudos apontam que indivíduos que se exercitam com regularidade apresentam melhor performance em atividades criativas. Encontre uma modalidade esportiva que te dê prazer, e pratique com frequência!
5.Fuja da rotina!
Ter uma rotina é importante, mas já pensou em fazer coisas diferentes dentro da sua rotina? Isso é importante para seu cérebro ser exposto à novos estímulos e sair da “zona de conforto”. Tente mudar o caminho para o trabalho, ouvir músicas diferentes, trocar de restaurante e conversar com pessoas diferentes. Perceba, é possível fugir da rotina dentro da sua rotina!
“Criatividade é a inteligência se divertindo! ”
Albert Einstein
NEVES FILHO, H. B. Criatividade: suas origens e produtos sob uma perspectiva comportamental. Fortaleza: Imagine Publicações, 2018.
SIMONTON, D. K. Creativity and Discovery as blind variation: Campbell’s (1960) model after the Half-Century mark. Review of General Psychology, v. 15, n. 2, p. 158-174, 2011.